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Alergia a Carne de Porco | Quais São os Sintomas e Como Tratar?

 

As alergias alimentares são um dos tipos de alergia mais comuns. Embora pareça assustador ter alergia a um alimento, é possível viver bem tendo uma alergia alimentar ao identificar o problema e tomar alguns cuidados. A alergia a carne de porco é mais frequente do que imaginamos.

No entanto, nem sempre sabemos de cara que temos uma alergia. Infelizmente, muitas pessoas só descobrem que são alérgicas ao comer um alimento quando o ingerem.

Desta forma, é muito importante ficar atento aos sintomas, principalmente em crianças, para constatar o problema e conseguir agir imediatamente em casos de crise de alergia grave.

 

A alergia a alguns tipos de carne é um desses problemas e aqui trazemos dicas sobre como constatar alergias alimentares precocemente, além de mostrar quais são os principais sintomas da alergia a carne de porco e como tratar a condição.

Alergias Alimentares

De acordo com informações da Food and Drug Administration (FDA), grande parte das pessoas descobre que tem uma alergia alimentar apenas quando sofre uma reação alérgica grave e necessita de cuidados médicos de emergência.

Para evitar esses sustos, é indicado tomar muito cuidado desde criança quanto ao consumo de certos alimentos que se referem aos tipos de alérgenos alimentares mais comuns. Principalmente quem tem alergia a carne de porco.

Segundo estatísticas, os 8 alérgenos a seguir são responsáveis por até 90% de todas as reações alérgicas alimentares:

  1. Ovos;
  2. Leite;
  3. Peixe;
  4. Nozes;
  5. Soja;
  6. Marisco;
  7. Trigo;
  8. Amendoim.

A carne vermelha não está nessa lista por não ser das alergias mais comuns. Embora seja raro, algumas pessoas podem ser alérgicas as carnes de boi, cordeiro e porco.

Alergia a carne de porco

A alergia a carne de porco especificamente é uma resposta imunológico adverso do sistema imune em relação ao consumo de carne suína. Algumas pessoas podem apresentar essa alergia por causa da síndrome de porco-gato ou por causas desconhecidas.

Segundo especialistas, a alergia a alguns tipos de carnes como a de porco é atribuída à presença do açúcar alfa-galactose e tem sido associada também a picadas de uma espécie de carrapato nos EUA.

Alergia a carne de porco pode ser leve ou grave e é mais comum em crianças, mas nada impede que ela seja desenvolvida em outros momentos da vida adulta. Por ser rara, é mais provável que seja causada por produtos químicos ou conservantes presentes na carne.

Em geral, as carnes de porco mal cozidas ou produtos de porco defumados tendem a causar mais reações alérgicas do que outros preparos. Isso é explicado pelo fato de o cozimento da carne acabar decompondo certas proteínas responsáveis pelas reações alérgicas.

O cientista Clemens von Piquet foi o primeiro a descrever as alergias como reações exageradas do sistema imunológico em relação à exposição a substâncias consideradas “estranhas” ao organismo em 1906.

Ou seja, a alergia é uma hipersensibilidade do sistema imunológico a compostos que não fazem mal para a maioria das pessoas. Nesses casos, o sistema imunológico produz anticorpos para combater o alérgeno e na tentativa de destruí-lo, substâncias chamadas de histaminas também são liberadas.

São elas que causam os sintomas desagradáveis das reações alérgicas.

Causas da alergia a carne de porco

A causa da alergia a carne de porco e a outros tipos de carne de origem animal não é totalmente compreendida pelos cientistas. Mas há algumas hipóteses sobre o que desencadeia uma reação alérgica após comer carne de porco, como:

  • A substância química usada no processamento da carne ou a própria carne pode causar a alergia;
  • Carboidrato galactose-alfa-1,3-galactose encontrado em carnes de alguns mamíferos como o porco;
  • Produtos químicos usados como conservantes;
  • Aditivos alimentares como a papaína, que é usada para deixar a carne mais macia, ou a caseína, proteína do leite que é adicionada na produção como estabilizador alimentar.

Outras causas possíveis são uma mordida de carrapato ou uma alergia a gatos.

No caso do carrapato, pessoas que sofrem mordidas do carrapato da espécie Amblyomma americanum (conhecida também como Estrela Solitária), podem desenvolver alergia a carne de porco ou boi. No entanto, esse tipo de carrapato é predominante apenas em alguns estados dos EUA e do México.

Grupos de Risco

Alguns grupos de pessoas podem ter um risco maior de desenvolver uma alergia a carne de porco. Isso inclui:

  • Bebês e crianças;
  • Histórico familiar de alergia à carne de porco;
  • Ter dermatite atópica;
  • Histórico de outras alergias alimentares.

Relação entre alergia a carne de porco e a gatos

A alergia a gatos é muito comum e pode afetar até 25% dos casos de alergias. Em sua grande maioria, as reações alérgicas a gatos ocorrem por causa do alérgeno Fel d 1 encontrado na saliva, nos pelos, na pele e nas glândulas sebáceas do animal.

Em poucos casos, a proteína albumina presente no sangue, na urina e na saliva dos gatos também podem causar alergia.

Especificamente as pessoas que são alérgicas à albumina podem desenvolver alergia a carne de porco. Isso ocorre devido a uma reação que acontece entre a albumina presente no gato e a albumina encontrada na carne suína, que desencadeia a reação alérgica.

Esse tipo de reação alérgica se manifesta logo após o consumo da carne de porco e é mais facilmente diagnosticada.

Sintomas

A presença de histamina na corrente sanguínea pode causar diversos sintomas característicos de alergias, que podem incluir sintomas dermatológicos, respiratórios e gastrointestinais, como:

  • Erupção cutânea;
  • Dor de cabeça;
  • Urticária;
  • Dor de estômago;
  • Inchaço abdominal;
  • Angioedema;
  • Indigestão;
  • Náusea
  • Vômito;
  • Diarreia;
  • Dor de estômago;
  • Espirros;
  • Olhos irritados, inchados ou lacrimejantes;
  • Nariz escorrendo ou entupido;
  • Dificuldade para respirar;
  • Ritmo cardíaco acelerado.

Dependendo da sensibilidade ao alérgeno, os sintomas podem se desenvolver logo após o contato ou horas depois. A Food Allergy Research & Education alerta que os sintomas de alergia podem ser observados entre 3 a 6 horas após a ingestão do alimento.

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e dependem da quantidade de carne consumida e da gravidade da alergia.

As reações que surgem rapidamente são as mais graves e podem caracterizar um quadro chamado de anafilaxia, em que a pessoa pode sofrer desmaios, insuficiência cardíaca ou respiratória e até entrar em coma.

A anafilaxia é um grande risco para a vida e precisa de tratamento imediato.

No entanto, quando se fala em alergia a carne de porco ou a outras carnes, as reações tardias podem ser tão graves quanto a anafilaxia.

Ao sentir sintomas de alergia à carne de porco, é importante procurar um médico imediatamente em caso de reações graves ou para fazer o diagnóstico.

Pessoas que já têm alergia a gatos, por exemplo, devem ter atenção redobrada ao comer carne de porco.

Complicações da alergia

Pessoas que têm alergia a carne de porco podem correr maior risco de desenvolver as seguintes complicações de saúde:

  • Asma: A asma é uma doença respiratória que causa inflamação e estreitamento das vias respiratórias. Isso leva a vários sintomas desagradáveis como aperto no peito e dificuldade para respirar. Pessoas com alergia à carne suína ou qualquer outro tipo de carne apresentam maior risco de desenvolver crises de asma. Além disso, quem já sofre de asma pode ter uma piora no quadro após ingerir carne vermelha.
  • Pólipos nasais: Algumas pessoas com alergia a carne suína também podem desenvolver pólipos nasais, que são crescimentos anormais no revestimento dos seios paranasais que podem causar o acúmulo de muco na região.
  • Enxaqueca: Pessoas com alergia à carne de porco também são mais propensas a desenvolver crises de enxaqueca.
  • Eczema: Quem tem alergia à carne de porco também pode desenvolver eczema com mais facilidade. O eczema é uma doença inflamatória que atinge a pele e causa sintomas como vermelhidão, prurido e lesões.

Diagnóstico

O diagnóstico geralmente é feito por um alergista que deve solicitar um exame de sangue ou um teste cutâneo para identificar a presença de anticorpos específicos para a imunoglobina E (IgE).

O exame de sangue para alergia aos suínos é conhecido também como teste de radioalergossorbente. É um teste que mede a quantidade de IgE em relação ao alimento específico, nesse caso a carne de porco.

O resultado demora de 1 a 2 semanas para ficar pronto. Já o teste cutâneo é feito através da exposição da pele a uma pequena quantidade do alérgeno e o resultado é considerado positivo quando surge inchaço e/ou vermelhidão no local em não mais do que 20 minutos.

Já para diagnosticar casos de síndrome do gato-porco, é importante primeiro detectar a alergia a gatos e associar se outros sintomas aparecem quando a pessoa come carne de porco.

No entanto, nenhum desses testes é totalmente confiável e é preciso observar também os sintomas e registrar um
diário alimentar para facilitar o diagnóstico.

Como tratar

Não existe cura para a alergia, mas é possível adotar um tratamento eficaz para redução dos sintomas. Em geral, é indicado tratar os sintomas com um ou vários dos medicamentos e técnicas abaixo:

  • Uso de anti-histamínicos para controlar os sintomas;
  • Uso de broncodilatadores para tratar sintomas respiratórios como falta de ar e dificuldade para respirar;
  • Uso de medicamentos ou pomadas contendo corticosteroides;
  • Imunoterapia em que pequenas quantidades do alérgeno são aplicadas no paciente para que o sistema imune se “acostume” com a substância.

Embora não tenha uma cura, estudos mostram que cerca de 20% dos bebês e crianças pequenas que têm alergia acabam ficando mais resistentes ao alérgeno com o passar dos anos, fazendo com que a alergia desapareça em alguns casos.

O que fazer para viver bem com a alergia a carne de porco

Qualquer tipo de alergia alimentar é grave e é sempre melhor prevenir do que ter que lidar com os sintomas. Dessa forma, é importante que uma pessoa diagnosticada com alergia a carne de porco:

  • Elimine a carne de porco da sua dieta;
  • Evite ingerir derivados de carne suína como a gelatina, que é uma proteína obtida a partir do tecido conjuntivo de animais como o porco, e outros alimentos como alguns marshmallows, doces, sorvetes, molhos e temperos pré-prontos, cereais, biscoitos e batatas fritas;
  • Use suplementos ou alimentos contendo vitamina A, eucalipto, bromelina, quercetina e ferro, que podem ajudar a reduzir a sensibilidade à carne de porco;
  • Tenha sempre uma injeção de adrenalina ou epinefrina em casos de ingestão acidental de carne de porco.

É válido lembrar que qualquer remédio ou suplemento para alergia deve ser indicado por um médico.

Pode ser difícil identificar todos os alimentos e produtos que contêm algum resquício de carne de porco em sua composição.

Até alguns itens de higiene como detergentes, sabonetes e outros produtos de limpeza podem ser feitos a partir de gordura animal e conter carne de porco.

Assim, é muito importante ler os rótulos dos produtos e observar se as palavras monoestearato, proteína animal hidrolisada ou gelatina estão presentes, pois essas são substâncias são provenientes de gorduras animais.

Outras dicas

Tenha cuidado quando for comer fora de casa e pergunte ao garçom ou ao atendente quais são os ingredientes do prato que você quer pedir para evitar surpresas.

Cuidado com alimentos produzidos a partir de gelatina ou banha de porco. Procure alimentos feitos com gelatina kosher ou halal ou que sejam veganos para garantir que não vai ter contato com nenhum resquício de carne suína.

Esteja sempre preparado para agir em caso de uma reação alérgica e deixe que as pessoas do seu convívio saibam da sua alergia para poderem ajudar quando for necessário.

 

Veja também:

 

Referências adicionais:

 

Qual Exame de Fígado Fazer? | O que esse exame mostra? CONFIRA AQUI

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Testes de função hepática são usados para verificar a saúde do fígado através da análise de diversas proteínas e enzimas hepáticas.

Um exame de fígado pode ser recomendado em diversas situações, mas geralmente serve para diagnosticar doenças no órgão e para monitorar o efeito de certos medicamentos que podem afetar sua função.

Vamos mostrar o que esses testes mostram e qual deles é mais apropriado em cada caso específico.

Fígado é um dos órgãos mais importantes para o corpo humano

O fígado é um dos órgãos mais importantes para o corpo humano. Ele é essencial para processar os alimentos ingeridos e transformá-los em nutrientes que podem ser aproveitados para nossas funções metabólicas e armazenados como fonte de energia.

O órgão também é responsável por funções vitais como:

  • a regulação dos níveis de açúcar no sangue;
  • a produção da bile para digerir os alimentos no estômago;
  • a eliminação de toxinas e compostos prejudiciais à saúde encontrados na corrente sanguínea;
  • o armazenamento de vitaminas e minerais;
  • o controle da coagulação do sangue;
  • a manutenção dos hormônios;
  • o combate a infecções;
  • a produção de substâncias importantes como o colesterol, as enzimas e as proteínas.

Para ter uma ideia da complexidade do fígado e da sua importância para o funcionamento da máquina humana, basta saber que ele participa de mais de 1500 reações bioquímicas extremamente complexas no organismo e que qualquer dano ao órgão pode prejudicar muito a saúde e até mesmo colocar a vida em risco.

Exame de fígado

Dada a importância de ter um fígado em pleno funcionamento, a medicina desenvolveu diversos testes para monitorar a função hepática e identificar qualquer tipo de problema no órgão.

Em geral, os exames de fígado mostram os níveis de várias proteínas e enzimas presentes no sangue. A análise dos níveis dessas substâncias é o que vai dizer se o órgão está funcionando de acordo com o esperado ou se há algum problema.

Um exame de fígado geralmente é solicitado para investigar como anda a função do fígado. Mas o que ele mostra exatamente?

Por que fazer um exame de fígado?

A menos que você faça check-ups completos todos os anos, dificilmente um exame de fígado completo é solicitado sem que o paciente tenha algum problema de saúde ou esteja apresentando sintomas de que algo está errado.

Geralmente, o médico irá solicitar uma avaliação mais minuciosa do fígado quando um ou mais dos seguintes sintomas é notado:

  • Urina escura;
  • Fezes de cor clara;
  • Inchaço na região abdominal ou retenção de fluidos no abdômen (ascite);
  • Perda de peso;
  • Hematomas ou hemorragias anormais;
  • Fraqueza ou cansaço extremo;
  • Falta de apetite;
  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Olhos ou pele amarelados, o que é chamado também de icterícia.

Outros motivos que podem levar o médico a solicitar um exame no fígado são:

  • Verificar se existem danos no órgão como uma hepatite ou outro problema de saúde;
  • Monitorar efeitos adversos de certos medicamentos que podem prejudicar o fígado;
  • Analisar a função do órgão, principalmente se o paciente tiver problemas de saúde como diabetes, obesidade, triglicerídeos altos, pressão arterial elevada ou anemia;
  • Verificar se pessoas que abusaram ou abusam da ingestão de álcool têm problemas no órgão;
  • Acompanhar a progressão de alguma doença no fígado e analisar se o tratamento está funcionando.

Tipos de exames de fígado

Como já mencionado, os exames de função hepática são utilizados para identificar níveis de enzimas e proteínas específicos.

Alterações em relação aos níveis normais desses compostos podem indicar um problema no órgão. Os principais testes usados para analisar a função do fígado são:

1. Teste de albumina

A albumina é a principal proteína produzida pelo fígado, que dentre suas funções impede o vazamento dos fluidos por meio dos vasos sanguíneos, combate infecções, nutre os tecidos e transporta hormônios e outras substâncias pelo corpo.

Assim, níveis altos de albumina são normais no sangue, já que ela transita através da corrente sanguínea enquanto cumpre suas funções.

No entanto, níveis baixos de albumina podem indicar que o fígado não está produzindo albumina o suficiente devido a algum dano crônico ou agudo.

O intervalo normal de albumina no sangue é de 3,5 a 5,0 gramas por decilitro. Níveis mais baixos podem indicar má nutrição, infecção, inflamação ou doença renal.

2. Teste de proteína total

A proteína total é uma medida da quantidade das proteínas principais do fígado, que são a albumina e a globulina. A albumina, que já foi descrita anteriormente, ajuda a dar uma visão geral de como o fígado está funcionando.

Já a globulina permite saber como anda o sistema imunológico. Isso porque ela é liberada em maiores quantidades quando o corpo precisa produzir mais anticorpos.

Assim, níveis altos de globulina no sangue significam que existe um dano hepático ou que o corpo está lutando contra alguma doença autoimune.

O intervalo de referência de proteína total normal é entre 6,3 a 7,9 gramas por decilitro de sangue, em que o nível de albumina deve estar entre 3,5 a 5 e o nível de globulina deve estar entre 2 e 4 gramas por decilitro.

3. Teste de alanina transaminase (ALT)

A alanina transaminase é uma enzima usada para metabolizar as proteínas no organismo. Quando o fígado está danificado sem funcionar da maneira adequada, a ALT acaba sendo liberada no sangue em quantidades anormais.

A ALT é produzida nos hepatócitos, que são o principal tipo de células do fígado.

Quando os hepatócitos são danificados ou morrem, os níveis de ALT no sangue aumentam. Todos os tipos de hepatite, incluindo as virais e as causadas por uso abusivo de álcool, causam danos nos hepatócitos.

A ALT pode indicar inflamações no fígado, problemas de digestão e ingestão em excesso de álcool ou uso de paracetamol.

Níveis entre 50 a 200 UI / L podem indicar hepatite B e níveis muito acima desse intervalo podem sugerir hepatite aguda.

Assim, o teste de ALT pode ser útil na detecção de danos hepáticos e na identificação de doenças como a hepatite.

Segundo o American College of Gastroenterology, níveis de ALT acima de 25 UI / L (unidades internacionais por litro) em mulheres e acima de 33 UI / L em homens já pode indicar que o fígado pode estar danificado.

No entanto, a maioria dos adultos saudáveis apresenta níveis de ALT entre 7 a 55 UI / L.

4. Teste de aspartato transaminase (AST)

A aspartato aminotransferase é outra enzima que ajuda a metabolizar o aminoácido alanina e que é encontrada não só no fígado, mas também em órgãos como os músculos e o coração.

Níveis altos da AST na corrente sanguínea podem indicar que há um dano em algum desses órgãos.

Isso significa que o teste de AST não é tão preciso e específico e geralmente é usado em conjunto com outros testes para descobrir se o dano é hepático ou não.

Testes AST e ALT

Geralmente, os exames de AST e ALT são pedidos juntos, já que se o problema for com o fígado, os níveis de ALT também estarão elevados. Se estiverem baixos, provavelmente existe um dano muscular no organismo.

O valor de referência considerado normal para adultos é de cerca de 40 UI / L, sendo que para os homens o valor pode variar de 8 a 46 UI / L e para mulheres pode ser entre 7 a 23 UI / L.

Resultados maiores indicam problemas hepáticos ou doenças no fígado relacionadas com o consumo em excesso de álcool.

O uso de alguns medicamentos que prejudicam o fígado como o Tylenol usado em doses altas, por exemplo, também pode causar alterações nos níveis de AST.

5. Teste de fosfatase alcalina (ALP)

A fosfatase alcalina é uma enzima encontrada no fígado, nos ductos biliares e nos ossos. Por não ser exclusividade do fígado, geralmente outros exames complementares devem ser solicitados para um diagnóstico preciso.

Níveis acima do normal de ALP podem indicar inflamações no fígado, problemas ósseos ou bloqueio nos ductos biliares.

Nas crianças e nos adolescentes, é normal que os níveis de ALP sejam mais altos porque os ossos ainda estão se desenvolvendo.

Nas gestantes, isso também pode acontecer devido ao crescimento do feto. Para os adultos saudáveis em geral, o intervalo de referência considerado saudável é de 45 a 115 UI / L.

6. Teste de gama-glutamil transpeptidase (GGT)

A GGT é uma enzima que, assim como a ALP pode indicar danos no fígado ou no ducto biliar quando em níveis alterados.

Esse teste é bastante sensível e capaz de identificar até mesmo danos muito pequenos no órgão hepático, incluindo problemas causados pelo uso de álcool ou drogas.

O uso frequente de paracetamol também pode aumentar os níveis de GGT no sangue.

Os níveis de GGT considerados normais para um adulto são entre 9 a 48 UI / L. No entanto, não é um teste solicitado sozinho e que deve ser avaliado em conjunto com outros exames.

7. Teste de bilirrubina

A bilirrubina é um produto biliar que é liberado como um resíduo da degradação dos glóbulos vermelhos que ocorre no fígado e que auxilia na digestão.

Geralmente, esse resíduo é eliminado através da urina e das fezes, mas em um fígado danificado, a bilirrubina pode também ser liberada no sangue, aumentando muito os níveis da substância na corrente sanguínea.

A superprodução dessa substância acontece em casos de hepatite B ou C.

Desta forma, um valor alto de bilirrubina no sangue pode indicar um mau funcionamento do fígado e inflamações no órgão.

Os valores considerados normais são de 0,1 a 1,2 miligramas por decilitro de sangue.

É importante atentar que, para algumas doenças hereditárias, os níveis de bilirrubina podem ser alterados mesmo sem problemas no fígado.

Esse exame costuma ser solicitado quando há sintomas como icterícia, já que a bilirrubina é um pigmento amarelado que pode deixar os olhos e a pele amarelada e quando há suspeita de anemia.

8. Teste de protrombina

A protrombina é uma proteína presente no plasma que é indispensável para o processo de coagulação sanguínea.

O teste de tempo de protrombina é um exame que avalia o tempo que o sangue demorar para coagular.

Se o tempo for longo, o resultado pode indicar danos hepáticos ou problemas no fígado causados pelo uso de medicamentos anticoagulantes como a varfarina, por exemplo.

O tempo considerado normal para homens adultos é de 9,5 a 13,8 segundos.

9. Teste de lactato desidrogenase (LD)

A L-lactato desidrogenase é mais uma das enzimas encontradas no fígado. Níveis altos podem sugerir danos no fígado, mas sua análise deve ser cautelosa, já que também pode indicar outras doenças.

O intervalo de referência para adultos é de 122 a 222 UI / L.

Testes complementares

Quando alterações significativas nos exames acima são identificadas, podem ser solicitados exames complementares como exames de imagem que podem incluir:

  • Ultrassonografia;
  • Tomografia computadorizada;
  • Ressonância magnética;
  • Elastografia.

Todos esses exames permitem que o médico visualize o fígado e identifique lesões e outros problemas no órgão. Em caso de suspeita de algo mais grave, uma biópsia pode ser requisitada.

Qual exame de fígado fazer?

A escolha do tipo de exame vai depender de fatores como o motivo de o exame ser feito.

Se é apenas um exame de rotina, normalmente verificar os níveis de proteína total, ALT e AST é suficiente para verificar se o fígado está funcionando normalmente.

Caso ocorram alterações, um exame mais completo pode e deve ser realizado.

Além disso, se sintomas de doenças hepáticas forem observados, um exame o mais completo possível, que analise várias proteínas e enzimas no fígado, é necessário e em caso de alterações graves.

Pode ser preciso realizar exames de imagem para complementar o diagnóstico.

Também é preciso ter em mente que algumas dessas enzimas e proteínas podem ser encontradas em outros órgãos além do fígado, indicando que nem sempre níveis alterados indicam doenças no órgão.

Assim, é necessário que o diagnóstico seja o mais minucioso possível, o que requer que vários ou todos os testes disponíveis sejam realizados, mesmo que para isso sejam necessárias diversas amostras de sangue.

Cuidados antes do exame de fígado

Antes de coletar a amostra de sangue, pode ser necessário manter um jejum de algumas horas.

Além disso, pode ser que alguns medicamentos ou suplementos afetem a quantidade de enzimas e proteínas no sangue. Se for possível, o médico irá solicitar que você não use certos remédios por até 12 horas antes de realizar o exame.

Riscos

Raramente ocorrem complicações durante a coleta da amostra. Porém, algumas pessoas são mais sensíveis e podem passar mal ou desmaiar.

Pode ocorrer também fraqueza, tontura, o surgimento de um hematoma ou um sangramento excessivo.

Uma infecção é um problema muito raro de ser observado, já que diversas medidas de higiene e segurança são adotadas na hora da coleta.

Interpretação dos resultados

Nenhum dos exames mencionados acima é útil sozinho. É necessário que o médico faça uma avaliação completa de eventuais sintomas, dos resultados obtidos, do histórico médico e do uso de medicamentos nos últimos meses.

Se os exames forem solicitados para avaliar o andamento de um tratamento, é importante que o médico avalie se o medicamento está surtindo o efeito desejado sem prejudicar ainda mais o órgão, fazendo a troca da medicação sempre que necessário.

Pequenas alterações nos resultados geralmente não são motivo de preocupação, mas apenas um profissional da saúde pode dizer se você precisa ou não de um tratamento ou se apenas alterações no estilo de vida como mudanças na dieta são necessários para normalizar a função hepática.

Os principais sinais de que algo está errado com o fígado são:

  • Níveis de ALT acima de 50 UI / L: isso significa que você pode ter hepatite leve e que é importante parar de consumir bebidas alcoólicas e limitar o consumo de gordura na dieta;
  • Níveis de ALT, AST e GGT entre 50 e 200 UI / L: indicam que o fígado contém toxinas ou que o uso prolongado de medicamentos como o paracetamol, os anticonvulsionantes, os antidepressivos ou anticoagulantes está fazendo mal para o órgão. Além disso, essas alterações podem indicar doença do fígado gorduroso.
  • Níveis de ALT e GTT entre 50 e 200 UI / L associados a níveis de ALP acima de 200 UI / L: tais resultados sugerem que o fígado está gravemente prejudicado e doenças como fibrose, cirrose e até tumores podem ser a causa do problema.

O que fazer para melhorar a saúde do fígado?

É sempre importante lembrar que qualquer diagnóstico deve avaliar diversos fatores, incluindo sintomas atuais, histórico médico e avaliação de diversos exames de sangue, físico ou de imagem.

Só tome medicamentos após o médico confirmar o diagnóstico. Depois que o tratamento ou que as alterações na dieta forem iniciadas, testes periódicos devem ser solicitados para monitorar a função do fígado e fazer os ajustes que forem necessários.

O Tratamento

O tratamento varia muito do dano causado no fígado e apenas o médico será capaz de indicar a melhor abordagem para tratar o problema. Mas, em geral, dá para incluir alterações simples na dieta para ajudar o fígado a se recuperar o mais rápido possível.

Além de praticar atividades físicas, é importante ter uma dieta leve e saudável, limitando o consumo de alimentos de difícil digestão como as carnes vermelhas, por exemplo, e apostando em um consumo de alimentos mais leves como
peixe, frango leguminosas, frutas e legumes.

Referências adicionais:

VEJA TAMBÉM:

 

Você já fez algum exame de fígado que diagnosticou um problema no órgão? Qual foi a condição e qual o tratamento passado pelo médico? Comente abaixo!

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Atrofia Muscular – O Que é, Sintomas e Tratamento

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A atrofia muscular é uma perda de massa no músculo que pode causar sérios problemas, incluindo dificuldade de se locomover e até de respirar adequadamente. Muitas vezes, isso ocorre devido ao sedentarismo extremo e a outros problemas de saúde que podem resultar na perda de músculos.

Além de mostrar o que é a atrofia muscular, vamos listar os principais sintomas desta condição e discutir quais são os tratamentos disponíveis atualmente.

Atrofia muscular – O que é?

De acordo com o artigo científico Cellular and Molecular Mechanisms of Muscle Atrophy publicado no periódico Disease Models & Mechanisms em 2013, a atrofia é um termo usado para definir uma redução no tamanho de um tecido ou órgão por causa do encolhimento das células, que pode ocorrer através da perda de organelas, citoplasma e proteínas.

Assim, a perda de proteínas nas células musculares gera a atrofia muscular, que pode prejudicar diversas funções metabólicas vitais.

Os nossos músculos são um grande estoque de proteínas no nosso corpo. A nossa massa muscular não serve apenas para deixar o corpo em forma e bem definido.

Função fisiológica dos músculos

A função fisiológica dos músculos é estocar uma fonte de energia para ser usada quando o organismo precisar.

Ou seja, se alguém está privado de nutrientes ou se tratando de uma doença grave e debilitante (como câncer, queimaduras intensas, doenças autoimunes e insuficiência cardíaca, por exemplo), o organismo busca outras fontes de energia disponíveis como a proteína armazenada nos músculos.

Isso é muito interessante para situações de emergência, mas não como uma fonte de energia recorrente.

Desta forma, ter um estoque de proteínas no corpo é útil para promover o envelhecimento saudável, prevenir a ocorrência de distúrbios metabólicos e fornecer energia em condições de estresse para órgãos vitais como o coração, o cérebro e o fígado, por exemplo.

Assim, a atrofia muscular se caracteriza pela degradação excessiva de proteínas no organismo, o que prejudica a função dos músculos e pode interferir também em outras funções do metabolismo.

A perda muscular em excesso pode prejudicar o suprimento de energia do corpo humano a médio e longo prazo, podendo levar à morte.

Tipos de atrofia muscular

Existem 2 tipos principais de atrofia muscular, que se diferem em suas causas. Além disso, a atrofia pode atingir um ou mais músculos, dependendo da gravidade e da causa.

1. Atrofia por desuso

Esse é o tipo de atrofia muscular em que a perda da massa muscular se dá devido à falta de uso dos músculos.

Ela pode ocorrer por causa de uma vida extremamente sedentária ou por causa de algumas condições médicas ou de saúde que impeçam alguém de praticar atividades físicas e até mesmo de realizar movimentos simples.

Pessoas com artrite reumatoide ou osteoartrite, por exemplo, têm um risco maior de desenvolver atrofia muscular, principalmente se não se exercitarem nunca.

Outras condições médicas como ter um osso quebrado ou uma queimadura grave (cuja recuperação é lenta) e pessoas com paralisias no corpo podem ser vítimas da atrofia muscular por desuso.

2. Atrofia neurogênica

A atrofia neurogênica é um tipo de atrofia desencadeada por causa de um problema no sistema nervoso.

As principais causas são doenças neuromusculares como a atrofia da medula espinhal, a esclerose múltipla, a esclerose lateral amiotrófica e a síndrome de Guillain-Barré. Outro problema de saúde que pode causar atrofia é a neuropatia diabética.

Nesses casos, ocorre a interrupção dos sinais nervosos do músculo, prejudicando o seu funcionamento normal.

Causas da atrofia muscular

Além da inatividade física que resulta em desgaste muscular e as doenças mencionadas acima, existem outros motivos que podem prejudicar a saúde dos músculos.

Diversas outras doenças e lesões que dificultam ou limitam os movimentos podem causar a atrofia. Há casos, inclusive, em que a atrofia muscular é um sintoma de desnutrição grave ou de uma doença muscular relacionada ao consumo abusivo de álcool.

Até astronautas que ficam muito tempo viajando no espaço também podem começar a desenvolver atrofia muscular devido à ausência de gravidade.

– Causas de atrofia por desuso

As possíveis causas de atrofia muscular por desuso são:

  • Hospitalização ou repouso prolongado por causa de alguma doença ou cirurgia;
  • Lesões temporárias como um braço ou perna quebrada;
  • Desnutrição em que ocorre falta de nutrientes para os músculos, causando um enfraquecimento progressivo e uma incapacidade de usar os músculos adequadamente;
  • Dermatomiosite em que há uma inflamação muscular que se manifesta através de erupções cutâneas;
  • Distrofia muscular, uma doença hereditária que causa perda progressiva de tecido muscular e gera fraqueza muscular;
  • Osteoartrite, um tipo de artrite que causa dor e dificuldade de locomoção;
  • Artrite reumatoide, doenças autoimunes crônica em que há inflamação nas articulações;
  • Polimiosite, uma inflamação generalizada que causa fraqueza nos músculos;
  • Ausência de atividade física;
  • Queimaduras graves.

– Causas de atrofia neurogênica

As causas neurogênicas de atrofia muscular incluem:

  • Miopatia relacionada ao consumo abusivo de álcool;
  • Esclerose múltipla que afeta o sistema nervoso, o cérebro e a medula espinhal que causa dificuldade de equilíbrio, falta de coordenação, fraqueza e outros sintomas;
  • Esclerose lateral amiotrófica ou doença de Lou Gehrig, condição neuromuscular grave que resulta em fraqueza muscular e dificuldade de controle do movimento voluntário dos músculos;
  • Neuropatia diabética, uma complicação da diabetes relacionada aos altos níveis de açúcar no sangue;
  • Lesão no pescoço, nos nervos periféricos ou na medula espinhal;
  • Atrofia da medula espinhal, uma doença genética que causa uma redução da função muscular;
  • Exposição a toxinas ou compostos nocivos ao organismo como venenos;
  • Síndrome de Guillan-Barre, um distúrbio no nervo autoimune que causa inflamação no nervo e fraqueza muscular;
  • Síndrome da atrofia muscular espinhal ou doença de Werdnig-Hoffman, uma doença genética que enfraquece e atrofia os músculos e prejudica os movimentos.

Outras causas

  • Processo natural de envelhecimento;
  • Uso prolongado de corticosteroides;
  • Acidente vascular encefálico;
  • Problemas de deglutição;
  • Neuropatia, doença que causa danos a um nervo ou vários deles;
  • Poliomielite, condição viral que afeta o tecido muscular e que pode causa paralisia.

Sintomas

Os sintomas da atrofia muscular podem variar de acordo com a causa. Porém, os sintomas mais comumente observados são:

  • Dor;
  • Sensação de que um membro é menor que o outro, como um braço parecer mais fino do que o outro, por exemplo;
  • Dormência;
  • Inchaço;
  • Fraqueza muscular em algum membro do corpo;
  • Dificuldade para executar movimentos  simples como sentar ou caminhar;
  • Problemas de deglutição e de fala;
  • Dificuldades respiratórias;
  • Espasmos ou tremores musculares;
  • Problemas ósseos e articulares como a escoliose;
  • Dificuldade de manter o equilíbrio.
  • Problemas de coordenação motora;
  • Fadiga;
  • Rigidez muscular.

Alguns sintomas podem indicar outros problemas de saúde mais sérios. Assim, se observar algum dos sintomas abaixo, procure ajuda médica o mais rápido possível:

  • Alteração no nível de consciência ou no estado de alerta como um desmaio;
  • Fala distorcida ou arrastada;
  • Incapacidade de falar;
  • Alterações na visão como perda da visão ou dor ocular;
  • Fraqueza repentina ou dormência em apenas um lado do corpo;
  • Incapacidade de mover uma parte do corpo.

Esses sintomas mais graves podem indicar a ocorrência de um surto de esclerose múltipla ou de um acidente vascular cerebral, por exemplo.

Ao observar qualquer uma dessas anormalidade, é preciso buscar ajuda.

Complicações da condição

A atrofia muscular pode ser um sinal de uma doença mais grave. Dessa forma, a falta de tratamento adequado pode causar complicações graves e danos permanentes no organismo.

Algumas das complicações da atrofia são redução da mobilidade, diminuição do desempenho físico, problemas posturais permanentes, perda de força e até paralisia.

Assim, o indicado é que assim que você tiver um diagnóstico em mãos, já inicie o tratamento para controlar a condição.

Diagnóstico

O diagnóstico consiste em uma avaliação dos sintomas, do histórico médico e na solicitação de exames complementares. Além disso, é importante mencionar qualquer tipo de lesão antiga ou recente e informar ao médico sobre os medicamentos ou suplementos alimentares que esteja utilizando.

Alguns exames como exame de sangue, raios X, ressonância magnética, tomografia computadorizada, eletromiografia, biópsia de músculo e nervo e estudos de condução nervosa podem ser solicitados pelo médico para descartar possíveis
causas e completar o diagnóstico.

Tratamento

Em alguns casos, como para aqueles que têm atrofia muscular por desuso, a condição pode ser revertida através de um tratamento que envolva uma dieta equilibrada aliada a exercícios físicos e/ou fisioterapia.

Já aqueles que apresentam atrofia muscular neurogênica não podem ser curados, mas podem realizar um tratamento específico para amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

– Tratamento para atrofia muscular por desuso

Os tratamentos disponíveis como parte de um tratamento completo ou como terapias isoladas são:

Exercícios físicos e fisioterapia

É indicado movimentar-se o máximo que puder. Além de exercícios simples como caminhar, é indicado praticar musculação se for possível e exercícios na água como hidroginástica, que têm menos impacto sobre as articulações.

Se for muito difícil se exercitar, busque ajuda de um fisioterapeuta para que ele te ajude a identificar os seus limites físicos e ensine a forma correta de se exercitar, tornando a atividade física mais fácil e prazerosa.

Nos casos em que a pessoa não consegue se movimentar sozinha, a fisioterapia é essencial para não deixar os músculos atrofiarem ainda mais e até recuperar parte dos danos.

Alterações na dieta

Para evitar e tratar a atrofia por desuso, é preciso ter uma dieta adequada. Além de usar alimentos saudáveis, é importante fornecer boas quantidades de proteínas para que o corpo possa reconstruir os músculos atrofiados.

Em alguns casos, suplementos podem ser indicados, mas geralmente as mudanças na alimentação já fazem toda a diferença.

Outras possibilidades de tratamento

  • Terapia de ultrassom: Essa é uma terapia não invasiva que usa ondas sonoras para ajudar a tratar lesões que causam a atrofia muscular.
  • Terapias alternativas: Terapias alternativas como osteopatia e quiropraxia podem ajudar a diminuir os sintomas desde que as manipulações musculoesqueléticas sejam feitas por profissionais capacitados.
  • Estímulos elétricos: Nas hospitalizações por tempo prolongado em que a pessoa não pode sair da cama, é necessário que o músculo seja exercitado artificialmente com estímulos elétricos e/ou com o auxílio de um enfermeiro, um terapeuta ocupacional ou um fisioterapeuta para que a massa muscular seja preservada. Em casos como esse, um equipamento gera uma corrente elétrica que, quando aplicada na pele, é convertida em uma contração muscular involuntária.
  • Cirurgia: Em casos em que é possível reverter o dano cirurgicamente, a cirurgia pode ser indicada após considerar os prós e os contras da intervenção.

– Tratamento para atrofia muscular neurogênica

Em casos de atrofia muscular neurogênica, é preciso tratar a condição também com o uso de medicamentos. Isso porque, nesse tipo de atrofia, o dano no nervo não pode ser revertido.

Muitas vezes, essas pessoas não conseguem realizar atividades físicas ou têm muita dificuldade para controlar precisamente os movimentos.

Assim, é essencial o tratamento com fisioterapeutas que possam ajudar na execução dos exercícios. Além disso, é possível estimular os músculos e gerar contrações involuntárias com o uso de técnicas como a estimulação elétrica neuromuscular que, por meio de impulsos elétricos aplicados nos nervos e músculos, causa contrações musculares involuntárias que ajudam a movimentar a região e tratar a atrofia dos músculos.

Como existem diversos tipos de atrofia neurogênica, é importante ter o diagnóstico correto e tratar a condição de acordo com orientações médicas.

Geralmente, além da fisioterapia, os médicos indicam o uso de anti-inflamatórios corticosteroides para reduzir a inflamação e a dor e para diminuir a compressão dos nervos afetados.

Como prevenir a atrofia

Como a atrofia muscular pode ocorrer também na terceira idade, é importante conhecer maneiras de prevenir o
desgaste muscular.

A melhor dica é ter uma vida ativa. A falta de atividade física é um dos principais fatores que contribuem para a atrofia muscular. Assim, busque uma atividade que você gosta de fazer, pratique musculação ao menos 2 vezes por semana, nade, dance, corra, passeie com seu animal de estimação, dê uma volta no quarteirão para tomar um sol. O importante é se mexer com frequência.

A outra dica essencial é ter uma boa alimentação sempre. Abuse de alimentos naturais e tenha uma dieta saudável e equilibrada. Isso vai ajudar não só a manter os músculos saudáveis, mas também todo o resto do seu corpo.

Dicas finais

Exceto nos casos em que você realmente não consegue, a regra é levantar e se mexer. Podem ser movimentos simples, mas é importante não se render às dificuldades de viver com atrofia muscular.

Mesmo que a sua atrofia não possa ser revertida, é essencial seguir o tratamento e tentar se manter ativo o máximo
que puder. Isso vai ajudar a melhorar a sua autoestima e a sua qualidade de vida.

O tratamento é muito importante e com cada vez mais recursos disponíveis na medicina, é possível sim viver bem tendo atrofia muscular.

Referências adicionais:

VEJA TAMBÉM:

 

Você possui algum tipo de atrofia muscular? Como aconteceu e como o médico responsável recomendou o tratamento? Comente abaixo!

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Impingem? O Que é? Causas, Sintomas e Tratamento

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A impingem é uma infecção fúngica que causa erupções cutâneas na pele. Além do incômodo estético, a impingem é contagiosa e pode causar sintomas desagradáveis como inchaço e coceira.

Aqui você vai descobrir quais são as principais causas e sintomas da impingem além de conhecer o jeito certo de como tratar e dicas de como evitar que a infecção se espalhe pelo corpo ou contagie outras pessoas.

Impingem o Que é?

A impingem, conhecida clinicamente também como Tinea corporis ou dermatofitose, nada mais é do que uma micose causada por fungos que afeta a pele. Ela surge na forma de uma erupção cutânea que pode ter uma forma de “anel” ou círculo com uma borda mais elevada, avermelhada e escamosa do que a pele normal.

A impingem pode afetar regiões da pele dos braços, das pernas e do tronco. Também é possível ter impingem na virilha. As micoses que afetam outras partes do corpo como o couro cabeludo, as unhas, as palmas das mãos ou as solas dos pés são infecções muito parecidas, mas que são causadas por espécies diferentes de fungos.

Causas

Segundo informações do Centers for Disease Control (CDC), existem cerca de 40 espécies de fungos que podem causar micose. Os fungos que causam impingem mais comuns são: Trichophyton rubrum, Trichophyton tonsurans, Trichophyton interdigitalem, Trichophyton mentagrophytes, Microsporum canis e Epidermophyton floccosum.

Assim, fungos das famílias Trychophyton, o Microsporum e o Epidermophyton, chamados também de dermatófitos, são capazes de sobreviver na queratina morta, uma proteína encontrada na camada superior da pele. É por esse motivo que a impingem se espalha tão facilmente através da pele.

Mas como esses fungos chegam até a nossa pele?

A contração desses fungos pode acontecer pelo contato com o solo contaminado, com pessoas e animais contaminados e também pelo uso de objetos contaminados pelos micro-organismos.

Em geral, a transmissão pode ocorrer através de:

  • Solo para seres humanos (transmissão geofílica): a causa
    menos comum se transmissão é através do contato humano com o solo contaminado
    por tempo prolongado;
  • Animais para seres humanos (transmissão zoofílica): é
    possível contrair a micose através do contato direto com animais contaminados
    como ao tocar animais como cães, gatos e bovinos;
  • Humanos para humanos (transmissão antropofílica): é a
    forma mais frequente de transmissão em que uma pessoa contaminada transmite o
    fungo para outra;
  • Objetos para humanos: a micose também pode ser
    transmitida através do toque em objetos ou superfícies infectadas por uma
    pessoa ou por um animal. Exemplos de objetos incluem roupas, toalhas, pentes,
    roupas de cama, lençóis e escovas.

Fatores de risco

Além desses modos de transmissão, existem alguns fatores que aumentam o risco de alguém contrair uma infecção por fungo.

Os fungos em geral gostam de viver e se proliferar em ambientes úmidos e quentes. É por isso que a impingem na virilha e a próxima às dobras do braço ou das pernas são comuns, pois são regiões em que há um acúmulo de suor maior do que em outras partes do corpo.

Além do calor e da umidade, outros fatores de risco incluem:

  • Suor excessivo;
  • Prática de esportes de contato direto;
  • Uso de roupas apertadas e que não deixam a pele
    transpirar de forma adequada;
  • Sistema imunológico fraco;
  • Uso compartilhado de roupas, toalhas ou roupas de cama;
  • Ter um ferimento ou escoriação na pele;
  • Ser criança já que elas são mais infectadas por fungos do
    que os adultos;
  • Ter um animal de estimação contaminado.

Alguns sinais de micose em animais de estimação são:

  • Regiões sem pelo com formato circular;
  • Manchas escamosas na pele;
  • Áreas com pouco pelo ou que apresentam pelos frágeis e quebradiços;
  • Regiões opacas ou esbranquiçadas em volta das garras do animal.

Assim como nós, os animais precisam de cuidados e ao observar esses sinais, é importante buscar o tratamento correto com um veterinário de confiança, evitando que mais pessoas da família contraiam o fungo.

Sintomas

Os primeiros sintomas da micose ocorrem cerca de 4 a 10 dias após o primeiro contato com o fungo. Assim, fica bem difícil determinar onde o micro-organismo foi adquirido.

Nem sempre todos os sintomas são observados, mas os principais incluem:

  • Erupções na pele em formato circular ou anelar com bordas levemente elevadas em relação à pele;
  • Coceira;
  • Crostas na pele;
  • Leve inchaço na borda da impingem, que pode ser circular ou irregular;
  • Vermelhidão;
  • Bolhas;
  • Pus;
  • Erupções na pele que se espalham pelo corpo.

Não é difícil reconhecer uma impingem, mas algumas vezes a condição pode ser confundida com outros problemas na pele como o eczema, a psoríase ou a dermatite seborreica, por exemplo.

Algumas vezes, o centro da impingem mostra uma pele saudável e sem alterações, mas ao redor é nítida a borda vermelha e elevada. Nas fotos abaixo, é possível observar que a impingem pode apresentar diferentes formatos e adotar aspectos variáveis na pele, dificultando o diagnóstico.

Para confirmar se é ou não uma impingem, o profissional da saúde pode solicitar uma raspagem de pele para realizar um teste de cultura e observar o material em um microscópio.

Outra alternativa para o material raspado é imergi-lo em uma solução de hidróxido de potássio que deve matar todas as células normais, restando apenas os fungos, que poderão ser observados facilmente com um microscópio. Um teste usando uma luz negra diretamente sobre a pele também é capaz de verificar a presença de fungos na região, que irão fluorescer sob a luz.

Existem complicações?

Ao coçar uma impingem, além do risco de ela se espalhar mais facilmente para a pele ao redor e você contaminar superfícies e outras pessoas, pode ser que a pele se rompa liberando pus e causando uma infecção bacteriana no local que precisará ser tratada com antibióticos tópicos ou orais.

O tratamento da impingem é bem simples e eficaz. Porém, pessoas com o sistema imunológico comprometido, como é o caso de pessoas diagnosticadas com doenças autoimunes como a AIDS ou a diabetes ou pessoas que estão fazendo tratamentos com quimioterápicos ou esteroides, podem ter um pouco mais de dificuldade para combater a infecção.

Como tratar

O tratamento é muito importante, já que além de evitar que o fungo se espalhe sobre sua pele, você evitará contaminar outras pessoas.

Normalmente, o médico indica o uso de remédios antifúngicos durante 2 semanas para eliminar os micro-organismos. Geralmente, esses medicamentos contêm ingredientes como o clotrimazol, o tolfaftato, o miconazol e a terbinafina. Mesmo que os sintomas desapareçam antes desse período, é essencial completar o tratamento durante o tempo determinado para garantir que todos os fungos foram eliminados. Do contrário, a infecção pode retornar alguns dias depois.

Na grande maioria dos casos, a aplicação tópica de cremes, pomadas, sprays ou géis antifúngicos na região por 2 semanas é suficiente para tratar a impingem. Em infecções que já se espalharam pelo corpo e estão mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos antifúngicos orais como a griseofulvina, o fluconazol e o itraconazol, por exemplo.

Se após esse tempo, a infecção não for solucionada, é preciso consultar o médico novamente, pois pode ser que seu sistema imune esteja enfraquecido por algum motivo que precisa ser investigado.

Dicas de tratamento caseiro

O uso de um antifúngico é essencial para que a impingem seja tratada, pois sem o uso de fungicidas, apenas os sintomas podem melhorar, mas a infecção não será curada. Mas há algumas dicas caseiras que podem ajudar no tratamento e torná-lo mais eficaz.

– Sabonete antisséptico

Manter a área limpa é muito importante. Melhor ainda se você usar um sabonete antisséptico que pode ajudar a controlar a proliferação dos fungos na impingem. Só não se esqueça de secar bem a pele depois, já que a umidade é um fator que facilita o crescimento e a multiplicação desses micro-organismos.

– Óleo de árvore do chá

O óleo essencial de árvore de chá apresenta efeito antifúngico e antibacteriano e pode ser muito eficaz no tratamento de micoses com a impingem. É indicado aplicar o óleo de árvore do chá diretamente na região afetada sem diluição prévia.

– Cúrcuma

A cúrcuma presente no açafrão apresenta efeito antibacteriano, anti-inflamatório e antifúngico. É possível preparar uma pasta com açafrão fresco ou seu tempero com uma pequena quantidade de água. Em seguida, aplique a pasta sobre a impingem e deixe agir até a mistura secar. Depois, lave a pele e seque normalmente.

– Vinagre de maçã

O vinagre de maçã apresenta propriedades antifúngicas que podem ajudar no tratamento. A ideia é aplicar o vinagre, sem diluir, diretamente sobre a pele com a impingem. Use um chumaço de algodão para facilitar a aplicação e faça isso ao menos 3 vezes por dia.

– Óleo de coco

Outro óleo essencial com propriedades bactericidas e fungicidas é o óleo de coco. Além de ser fácil de aplicar na pele com impingem, ele é bastante útil para casos de micose no couro cabeludo já que além de combater a infecção, o óleo de coco ainda nutre os fios de cabelo.

É importante aquecer um pouco o óleo de coco antes de aplicar sobre a pele para facilitar a absorção. Aplique algumas gotinhas do óleo morno na impingem cerca de 3 vezes por dia.

– Óleo de orégano

Esse óleo é um antifúngico bastante potente que pode ajudar no tratamento da impingem. É possível encontrar um extrato desse óleo em lojas de produtos naturais ou em sites especializados na internet.

Para absorver melhor na pele, é indicado misturar algumas gotas com outro óleo como o óleo de coco ou o azeite e aplicar até 3 vezes ao dia.

– Aloe vera

Aloe vera, conhecido também como babosa, é usada há muito tempo como um remédio natural para tratar infecções causadas por fungos ou bactérias. Além de tratar a micose, aloe vera é capaz de aliviar sintomas como a coceira na região.

Basta aplicar ao menos 3 vezes por dia diretamente sobre a pele.

– Óleo de capim-limão ou chá de erva cidreira

O chá de erva cidreira e o extrato de óleo de capim-limão apresentam propriedades antifúngicas que atuam no tratamento da impingem. É possível aplicar o chá ou o extrato diretamente sobre a pele até 2 vezes por dia. Também é possível usar o próprio sachê morno do chá de erva cidreira sobre a pele.

Para cuidar da infecção em casa e promover a melhor recuperação, é indicado:

  • Evitar usar roupas que irritem ou fiquem grudadas na área
    infectada;
  • Lavar a roupa de cama e as toalhas diariamente durante o
    tratamento;
  • Manter a pele seca e limpa.

Para evitar que outras pessoas ou animais se contaminem, é recomendado:

  • Cobrir o local infeccionado com um curativo para evitar que
    a infecção se espalhe ou que você contamine outras pessoas;
  • Não acariciar animais de estimação durante o tratamento ou
    lavar as mãos antes e após o contato;
  • Evitar compartilhar objetos de uso pessoal com outras
    pessoas.

Lembre-se de que os tratamentos caseiros são apenas opções alternativas enquanto sua consulta médica não chega. O que vai realmente funcionar contra a impingem é um antifúngico que elimine qualquer resquício de fungos presente na sua pele, tratando a infecção existente e prevenindo novos problemas.

Referências adicionais:

 

Veja também: Exame de Cortisol, para que serve?

Você já foi diagnosticado com impingem ou já tinha ouvido falar dessa condição? Como foi o tratamento recomendado pelo médico? Comente abaixo!

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Exame de Cortisol – Para Que Serve e Como Fazer

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Você já ouviu falar no exame de cortisol? Não é um exame muito comumente solicitado pelos médicos, mas que pode fazer toda a diferença em certos diagnósticos, como para identificar doenças como a síndrome de Cushing e a síndrome de Addison, por exemplo.

Por se tratar de um hormônio, alterações nos níveis de cortisol podem indicar alguns problemas de saúde e não apenas um nível alterado de estresse. Quer saber para que serve o exame de cortisol e o que os seus resultados significam? Então vamos lá.

Cortisol

O cortisol ou cortisona é um hormônio esteroide que é produzido naturalmente pelas glândulas suprarrenais que ficam logo acima dos nossos rins.

Conhecido também como o hormônio do estresse, o cortisol tende a ser liberado no organismo quando o nosso corpo percebe alguma ameaça. Ou seja, ele é liberado em maiores quantidades quando estamos em perigo ou sob estresse. Nesses casos, o nosso cérebro libera uma substância chamada de hormônio adrenocorticotrófico, que envia um sinal para que as glândulas suprarrenais liberem cortisol e adrenalina para alertar o corpo para uma situação “perigosa”.

Esse é um mecanismo natural do nosso organismo que serve para nos proteger. Toda vez que enfrentamos uma situação estressante ou considerada perigosa para o corpo (como um cachorro bravo latindo ou um susto que tomamos, por exemplo), ocorre a liberação de cortisol, que gera um pico de energia e força para que possamos “fugir” daquela situação. É o que os especialistas chamam de “resposta de luta e fuga”, um momento em que o corpo se prepara para lutar contra a ameaça ou fugir dela.

Para obter o pico de energia extra, os níveis altos de cortisol suprimem outras funções menos importantes no momento. Ou seja, ele bloqueia todas as funções que não são vitais para que você tenha energia o suficiente para “lutar ou fugir”. Alguns exemplos incluem:

  • Supressão do sistema digestivo;
  • Supressão do sistema reprodutivo;
  • Alteração na resposta do sistema imunológico;
  • Supressão do processo de crescimento.

Por conta dessas e de outras alterações, alguns sintomas que podem ser observados quando os níveis de cortisol estão elevados são:

  • Boca seca;
  • Dor de estômago;
  • Frequência cardíaca acelerada;
  • Diarreia;
  • Sensação de pânico.

O cortisol acaba afetando praticamente todos os órgãos e tecidos do corpo, e variações de quantidades desse hormônio no organismo são normais. No entanto, quando o nível de cortisol está frequentemente alterado, isso pode indicar alguns problemas de saúde.

Exame de cortisol – Para que serve

Além de ajudar o corpo a lidar com o estresse, níveis adequados de cortisol no organismo ajudam a:

  • Combater infecções;
  • Regular a pressão arterial;
  • Manter os níveis de açúcar no sangue normais;
  • Regular o metabolismo em geral como o sistema digestivo, o sistema nervoso e o sistema imunológico.

Os níveis de cortisol podem ser alterados por causa de vários fatores, incluindo estresse físico ou emocional, infecções, lesões ou atividades exaustivas. Assim, o exame de cortisol serve para diagnosticar problemas de saúde como doenças que envolvem alterações hormonais e até problemas emocionais.

Como fazer o exame de cortisol

O exame de cortisol pode ser feito através de um exame de sangue, de urina ou de saliva, nos quais são medidos os níveis de cortisol encontrados.

Em geral, os níveis de cortisol são mais altos durante a manhã e caem no fim do dia e durante o sono. Dessa forma, se o médico suspeitar que seu corpo está produzindo muito cortisol, ele deve solicitar um exame que deve ser feito ao final do dia, período no qual os níveis tendem a ser mais baixos.

Já se ele achar que seu corpo está produzindo pouco cortisol, o teste normalmente é feito pela manhã quando o cortisol deveria estar mais alto. Em alguns casos, o exame pode ser solicitado em dois períodos do dia para uma análise mais completa.

Pessoas que trabalham à noite e têm horários diferentes de sono podem ter esse padrão alterado. Por isso, é muito importante que o médico se atente a esses detalhes antes de determinar o horário que você deve fazer o exame de cortisol e durante a análise dos resultados.

Preparatório para o exame de cortisol

Não é preciso fazer jejum para realizar o exame. No entanto, existem alguns medicamentos ou suplementos que podem afetar os seus resultados. Se for possível e não for prejudicar a sua saúde, o médico pode solicitar que você mude o horário de tomar esses medicamentos por alguns dias.

Alguns remédios que podem aumentar os níveis de cortisona e afetar o resultado do teste são:

  • Remédios que contêm estrogênio;
  • Glicocorticoides sintéticos como a prednisona.

Medicamentos que podem diminuir os níveis de cortisol incluem:

  • Medicamentos que contêm hormônios andrógenos;
  • Fenitoína.

Os níveis de cortisol também podem ser afetados por condições como gravidez, estresse físico ou estresse emocional.

Teste de saliva

O teste de saliva apresenta 90% de precisão no diagnóstico da síndrome de Cushing, doença em que as glândulas suprarrenais são hiperativas e produzem mais hormônios do que o necessário. Neste teste, apenas o cortisol livre será medido, que representa apenas 1% da quantidade total de cortisol encontrado no organismo. Assim, qualquer excesso em relação aos níveis normais deve ser investigado, pois pode ser um sinal de doenças.

Esse exame deve ser feito à noite, antes de se deitar, já que os níveis de cortisol são mais baixos no período noturno. Apresentar um alto nível de cortisol perto da meia-noite pode indicar uma doença.

Por causa do horário, o médico provavelmente te dará um tubo em que você deve cuspir a saliva ou em que deve colocar um cotonete após inseri-lo na boca logo antes de dormir. Depois disso, basta deixar o recipiente fechado e bem
armazenado para enviar para o laboratório. Em algumas semanas, o resultado fica pronto.

As instruções básicas relacionadas ao exame são:

  • Não comer, beber ou escovar os dentes entre 15 a 30 minutos antes do teste;
  • Coletar a amostra entre as 23:00 e meia noite ou de acordo com orientações médicas;
  • Colocar o cotonete na boca até que ele fique coberto de saliva por cerca de 2 minutos;
  • Não tocar na ponta dos cotonetes com os dedos;
  • Colocar o cotonete dentro do recipiente e levar ao laboratório no dia seguinte.

O teste também pode ser comprado em algumas farmácias, mas os seus resultados não são tão precisos.

Teste de urina

O teste de urina é muito simples. Basta urinar em um recipiente fornecido pelo laboratório descartando o primeiro jato de xixi e coletando o restante até a marca do frasco. Para um diagnóstico mais preciso, pode ser que o laboratório te forneça vários frascos para que você colete a urina durante um dia inteiro e marque o horário em que a coleta foi feita e no dia seguinte leve todos os recipientes ao laboratório.

Nesse exame, também será medido o cortisol livre, ou seja, aquele que não está ligado a nenhuma proteína e se encontra livre na urina.

As recomendações gerais incluem:

  • Coletar a urina assim que acordar;
  • Coletar todas a urina durante as próximas 24 horas;
  • Registrar o horário em todos os frascos no momento da
    coleta;
  • Guardar a urina em frascos fornecidos pelo laboratório e
    manter todos refrigerados em uma geladeira ou recipiente térmico com gelo.

Teste de sangue

O exame de sangue pode ser solicitado duas vezes ao dia, sendo a primeira coleta realizada por volta das 8:00 da manhã e a outra no fim da tarde por volta das 16:00.

A grande vantagem do exame de sangue em relação aos outros 2 testes é que ele é capaz de medir os níveis de cortisol total e não só o cortisol livre. Além disso, é possível avaliar os níveis de outros hormônios em um único exame.

Porém, se o paciente for sensível a agulhas, pode ser que no momento da coleta ele fique estressado e seus níveis de cortisol se alterem, o que pode interferir nos resultados.

Embora possa ocorrer sangramento excessivo, hematomas ou uma leve tontura, o exame de sangue é considerado seguro e tais efeitos adversos são raramente observados. No entanto, se você tem tendência a desmaiar ou passar muito mal durante um exame de sangue, pode ser que os testes de saliva e de urina sejam melhores para você.

Análise dos resultados

Além do exame de cortisol, outros exames complementares podem ser solicitados pelo médico para completar o diagnóstico, como uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética para que ele possa observar as glândulas suprarrenais e as pituitárias através de uma imagem.

Em geral, níveis altos de cortisol podem indicar a síndrome de Cushing, enquanto que os níveis baixos do hormônio podem sugerir que o paciente sofra de doença de Addison ou outro distúrbio.

É importante analisar o quadro geral já que o uso de certos medicamentos e algumas condições como a gravidez e o estresse podem alterar os resultados.

Níveis de referência

Os resultados considerados normais para uma amostra de sangue coletada pela manhã devem estar no intervalo entre 6 a 23 microgramas por decilitro de sangue. O resultado pode ter pequenas variações, dependendo do laboratório.

Interpretação do exame

Além da síndrome de Cushing, níveis elevados de cortisol podem indicar:

  • Crescimento excessivo ou tumor na glândula pituitária;
  • Distúrbios na glândula pituitária ou adrenal;
  • Tumor na glândula adrenal;
  • Tumor em qualquer parte do corpo que afeta a produção de
    cortisol como a hipófise.

Níveis abaixo dos valores de referência de cortisol podem sugerir:

  • Doença de Addison devido à produção baixa de cortisol pelas glândulas suprarrenais;
  • Hipopituitarismo em que a produção de cortisol é afetada devido a uma falha da glândula pituitária que não envia sinais as glândulas suprarrenais de que é preciso produzir mais cortisona.

Para ajudar no diagnóstico, é preciso prestar atenção aos sintomas dessas doenças. Os sintomas da síndrome de Cushing, por exemplo, incluem:

  • Obesidade;
  • Glicose elevada no sangue;
  • Fraqueza muscular;
  • Pressão arterial elevada;
  • Pele sensível que se machuca com facilidade;
  • Mulheres com períodos menstruais irregulares ou excesso de pelos no rosto.

Os sintomas da doença de Addison podem incluir:

  • Fadiga;
  • Perda de peso;
  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Náusea e vômito;
  • Manchas escuras na pele;
  • Pressão arterial baixa;
  • Perda de pelos no corpo.

Algumas vezes, uma crise adrenal pode ocorrer se os níveis de cortisol estiverem extremamente baixos. Para identificar uma crise adrenal, é importante atentar para os sintomas abaixo e buscar ajuda médica imediatamente:

  • Vômito constante;
  • Diarreia constante;
  • Pressão arterial muito baixa;
  • Desidratação;
  • Confusão mental;
  • Dor súbita e intensa na região do abdômen, na parte inferior das costas e nas pernas;
  • Desmaio.

Considerações finais

O exame de cortisol não é um teste comumente solicitado pelos médicos, mas que pode indicar que há problemas na produção hormonal. Os níveis de cortisol podem ser normalizados, na maioria dos casos, através de uma alimentação equilibrada e da adoção de hábitos que reduzam o estresse.

Quando o diagnóstico confirmar a presença de alguma doença como síndrome de Cushing ou da doença de Addison, por exemplo, é importante seguir as orientações médicas para tratar o distúrbio. A síndrome de Cushing geralmente é tratada com o uso de medicamentos para reduzir os níveis de cortisol, enquanto que a doença de Addison deve ser controlada através da reposição hormonal.

Além de confiar no seu médico e seguir todas as recomendações, é preciso monitorar se os níveis de cortisol estão voltando ao normal por meio de exames periódicos.

Referências adicionais:

Veja também: Impingem o que é

Você já fez alguma vez um exame de cortisol e teve alguma condição diagnosticada? Que tratamento foi recomendado pelo médico? Comente abaixo!

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